Cidade com mais de 5000 anos sagrada para os hindus, confusa para os ocidentais e forte para todos aqueles que por ali passam.
Podemos amar ou odiar, mas este lugar não é indiferente, é mágico e poderoso.
Os barcos que passam e deambulam nas águas que escondem corpos queimados e adorados na última viagem das suas vidas. Almas que vão sem o desejo de voltar esperando que tenham tido vidas honrosas.
As vacas que passam sem ninguém reparar nelas e se misturam silenciosas na vida dos Ghats na procura de algo que se coma. Os que se lavam esperando que os seus pecados sejam removidos e com a alma mais limpa regressarem ás suas vidas normais. Os Baba ji que tentam entender o sentido da vida enquanto fumam os seus chilums com as suas vestes laranja forte.
À noite o barulhos dos sinos do ritual da puja quebram rotina e captam a atenção dos mais distraídos, a flor e a vela que trespassam o negrume do rio Ganges simbolizando aquilo que são os nossos desejos.
Podemos sempre ouvir na capital da música um bom concerto de tablas e sitar e agora somos nós que viajamos para outros mundos, relaxando a mente e deixando-nos ir ao sabor da nossa vontade.
Assim é Varanasi, cheia de sins e nãos é a “cidade onde a morte e a vida dançam de mãos dadas” é a cidade em que o nosso silêncio passa despercebido no meio de tanta agitação.
Para mim é um dos must see da Índia e um lugar a ser recordado para sempre.
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